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Copa do Brasil: Arbitragem e futebol apresentam dois extremos

ByPablo Daniel

jul 27, 2023

Jogos das semifinais ficam marcadas por polêmicas dos árbitros

A Copa do Brasil apresentou seus 2 primeiros jogos da semifinal deste ano (Corinthians 2×1 São Paulo e Grêmio 0x2 Flamengo). Acima do futebol apresentado, o que ficou em evidência foram as arbitragens questionáveis, sendo mais específico, os cartões apresentados. Diferente da maioria dos casos, as polêmicas são mais “leves”, afinal não se trata de anulação de gol ou pênalti marcado, mas sim os critérios para punição.

Corinthians x São Paulo

No clássico paulista Wilton Pereira Sampaio foi o árbitro em questão, e a principal reclamação – inclusive do jogador punido – foi o cartão amarelo aplicado ao jogador do São Paulo Luciano após “provocar a torcida adversária” na comemoração do gol. O problema se inicia quando temos torcida única no estádio, então não importa para qual direção Luciano comemorasse, haveriam apenas corinthianos. Outro ponto a se levantar é que a comemoração, que para alguns foi exagerada (chute na bandeira de escanteio) é algo comum nos jogos, e por muitas vezes não houve tal punição. Inclusive o próprio Wilton não utilizou do critério de punir o jogador com a amarelo em situação igual com Raphael Veiga, do Palmeiras, na final da Supercopa deste ano.

Wilton Pereira Sampaio em jogo entre Corinthians x São Paulo – Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

Grêmio x Flamengo

Em Porto Alegre Raphael Claus mediou a partida entre Grêmio e Flamengo. A principal polêmica é a falta de critério entre as aplicações de cartão para os jogadores. Léo Pereira em uma disputa de bola aérea comum recebeu amarelo, que pareceu servir apenas para amenizar a torcida local pois no lance anterior Bruno Uvini havia sido punido com cartão. Mas o principal lance foi a não aplicação de cartão amarelo para Everton Ribeiro após entrada por trás sem disputa de bola. A falta foi marcada, mas sem cartão. Minutos depois, Kannemann dá uma entrada por trás e é devidamente punido com o amarelo, que no caso seria o 2º do jogador na partida. Não houve erro neste lance, mas o critério para punição não foi igual na hora de punir o meia do Flamengo.

Raphael Claus em momento da expulsão de Kannemann – Foto: Pedro H. Tesch/AGIF

Lado bom e lado ruim

Como dito antes, não são erros que realmente tiveram poder de mudar o placar da partida, mas não pode deixar passar em branco apenas por isso. Estamos falando dos dois principais árbitros brasileiros da atualidade, os dois únicos árbitros de campo que foram escalados para a Copa do Mundo, e ao escalá-los para estes jogos, a CBF claramente queria evitar o máximo de polêmicas. Felizmente podemos ver duas grandes partidas, que fizeram jus a fase em que os clubes disputam na competição. O futebol brasileiro este ano tem tido mais qualidade dos jogadores, mas infelizmente não podemos dizer o mesmo da arbitragem brasileira. Apenas lembrando, isto não é um ataque aos árbitros, mas sim uma crítica a como a CBF é conivente com os vários erros ao longo do ano, e não move um dedo para alterar a realidade da arbitragem no futebol nacional.

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