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Colômbia x Brasil: O que deu errado

ByPablo Daniel

nov 20, 2023
Foto: Juan Barreto / AFP

Diniz faz escolhas ruins ao longo da partida, e saiu de campo derrotado

Mais uma derrota para a seleção brasileira, desta vez contra a Colômbia. Fernando Diniz, treinador da seleção apostou num esquema com 4 atacantes de origem, que durante o decorrer do jogo iriam variar a formação de um 4-4-2 para um 4-2-4. Porém, ao fim de tudo sua estratégia falhou. Por quê?

O 1º gol

Com menos de 5 minutos, o Brasil abriu o placar, com jogada entre Martinelli e Vini Jr. Os dois jogadores são pontas pelo lado esquerdo, e a movimentação foi o fator fundamental para que o gol ocorresse. Quando Vini Jr. se deslocava para a ponta, Martinelli avançava pelo meio, e vice-versa. Com isso, abriam-se espaços para que o veloz ataque brasileiro tivesse condições de finalizar a jogada. Veja abaixo como funcionava:

Rodrygo e Raphinha faziam o mesmo do outro lado, porém Rodrygo apoiava mais o lado esquerdo, atuando como o armador do time.

Lesão do Vini Jr.

Com a saída de Vini Jr. ainda no 1º tempo, Diniz mudou o esquema da equipe ao colocar João Pedro. O jogador tem características muito diferentes do 7 do Brasil, sendo um centroavante com menos movimentação, forçando a seleção a voltar para o 4-3-3 convencional.

Com isto Rodrygo passou a realmente ser o meio-campista da equipe, enquanto Raphinha e Martinelli atuavam como pontas, mas sem um jogador para abrir espaços para as corridas.

Saída de bola

A saída de bola brasileira foi um fator determinante no jogo. Uma péssima partida dos laterais Renan Lodi e Emerson Royal que não conseguiam acertar 1 passe forçaram os pontas a voltar mais do que deviam para a defesa, logicamente desgastando mais os jogadores. Quando o Brasil iniciava as jogadas, era comum ver Martinelli ou Raphinha indo buscar a bola próximo ao Bruno Guimarães, deixando um buraco nas pontas e sobrecarregando o meio campo, tornando o ponto forte dos jogadores – a velocidade – obsoleta.

Isso deixou João Pedro ainda mais isolado no jogo, sendo basicamente 1 jogador a menos em todas as fases da equipe.

Alisson tentando fazer milagres

Não somente a saída de bola dos laterais era ruim, como as ações defensivas conseguiam ser piores. Luis Díaz jogou em ambas as pontas ao decorrer do jogo, ganhando praticamente todos os duelos contra Lodi e Royal. O empate colombiano só não saiu no 1º tempo pois Alisson salvou a pele da defesa brasileira. Entretanto, era questão de tempo até o Brasil sofrer o empate, justamente com gol de Luis Díaz. Falha na lateral-direita que permitiu uma bola cruzada na área, resultando no gol de cabeça. E menos de 5 minutos depois o filme se repetiu, dessa vez com cruzamento vindo do lado esquerdo e mais um gol de Luis Díaz. Apesar dos 2 gols sofridos, Alisson se salvou e foi o melhor em campo pela seleção brasileira, diferente dos outros 4 defensores que foram os piores em campo.

Nota 0

Diniz errou feio ao colocar João Pedro, pois mudou totalmente o esquema que até o momento estava funcionando. Com 1 a menos na transição ofensiva e com os 2 laterais fazendo uma partida de nível varzeano (ofendendo a várzea), os atacantes do Brasil se desgastaram muito rápido, sendo nítido para todos como Rodrygo, Raphinha e Martinelli já não aguentavam mais correr na metade da segunda etapa. Pior do que isso, foram as escolhas nas substituições: O já citado João Pedro, a entrada de Endrick quando o Brasil já perdia por 2×1 podendo ter colocado o garoto antes, a entrada de Paulinho no lugar de Rodrygo, deixando o Brasil sem um criador de jogadas e a patética escolha por Pepê na lateral-esquerda, tendo Carlos Augusto no banco.

A cada dia que passa, se prova que Diniz não tem nível para ser treinador da maior seleção do mundo. Que venha o Ancelotti!

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